BE quer saber o destino da calçada à portuguesa que estão a retirar da avenida Carvalho Araújo

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O Bloco de Esquerda questiona a decisão da autarquia de Vila Real em desfazer-se da calçada à portuguesa que por 70 anos decorou os passeios da avenida Carvalho Araújo.  O Bloco questiona ainda qual será o destino que vai ser dado a este património. 

Recorde-se que esta avenida central da cidade está a ser alvo de uma requalificação muito contestada por parte da população vila-realense. Em comunicado, o partido de esquerda defende que a calçada ali existente deveria ser utilizada num local que beneficie toda a cidade, contribuindo assim para manter a história viva.

O Bloco de Esquerda recorda as muralhas da Vila Velha, as famosas “Portas da Bila”, o mosteiro de São Francisco, a Central Hidroelétrica do Biel, o Santuário de Panóias, a calçada romana dos Torneiros, o antigo miradouro da Vila Velha ou a igreja de S. Dinis, como exemplos das “delapidações patrimoniais que tornaram a cidade mais pobre” e aponta o dedo ao “poder autárquico no concelho e às instituições oficiais vocacionadas para a defesa e classificação do património edificado como o IGESPAR”. 

 Salienta, no entanto que “aparentemente”, existe uma “maior consciencialização das autoridades e das populações na proteção patrimonial”, mas sublinha que “a desgraça continua” com a delapidação da “avenida mais emblemática da cidade”. 

O Bloco afirma que o património histórico da cidade é “praticamente inexistente”, quando comparado com as cidades vizinhas de Lamego e de Chaves. 

O Bloco de Esquerda conclui que em relação à calçada “o mais importante para o património da cidade, é usar todo este acervo num local que beneficie toda a cidade, contribuindo, assim, para a sua História e não esquecendo a importante marca que teve durante décadas na Avenida mais emblemática de Vila Real”.  

Sónia Domingues

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