Rui Santos diz estar “tranquilo” relativamente à acusação de prevaricação e abuso de poder

Notícias, Vila Real

Rui Santos, ex-presidente da Câmara de Vila Real, afirmou ontem que está de “consciência absolutamente tranquila”, depois da acusação do Ministério Público (MP) por dois crimes de prevaricação e de abuso de poder.

Em declarações à Agencia Lusa, o atual deputado da Assembleia da República, garantiu que tem a consciência tranquila porque respeitou a Lei estando confiante que esta acusação tenha o mesmo fim de outras denuncias ao longo dos seus 12 anos de mandato enquanto presidente da Câmara, que foi o arquivamento.

Segundo noticiou ontem o Jornal de Notícias, o Ministério Público acusou Rui Santos de dois crimes de prevaricação e de dois crimes de abuso de poder, por, alegadamente, ter usado a empresa municipal Vila Real Social para fins “alheios ao interesse público”.

Segundo a publicação, o Departamento de Investigação e Ação Penal Regional do Porto considerou o arguido suspeito de ter “colocado ou mandado colocar” na presidência daquela empresa duas pessoas “para satisfazer interesses seus, conforme as suas ambições políticas e do partido, a nível concelhio, a que pertencia”.

Estas duas pessoas, de acordo com o MP, também estão acusadas neste processo por crimes de prevaricação. O processo tem um total de seis arguidos que são acusados de lesar os interesses patrimoniais do Estado no âmbito das suas funções públicas.

Rui Santos considerou também “estranho” que não tenha sido notificado desta acusação “que chegou primeiro à comunicação social”.

Questionado sobre se vai pedir a abertura da instrução, o ex-autarca repetiu que não conhece o processo e que os seus advogados “vão analisar a acusação e agirão de acordo com aquilo que julgarem adequado”.

“Agora, quero reafirmar a minha absoluta tranquilidade e a minha convicção de que cumpri sempre o espírito e a letra da lei”, sublinhou, referindo que está a ser acusado de prevaricação num “processo claramente administrativo”.

O inquérito remonta a 2022, em 2023 houve buscas na empresa municipal e na câmara e a investigação abordou ainda a eleição do então presidente do conselho de administração da Vila Real Social.

Com Lusa

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