Prospeção mineira no Douro pode colocar em causa a classificação Património Mundial

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Encontra-se em fase de atribuição de direitos de prospeção e pesquisa de depósitos minerais de ouro, prata, chumbo zinco, cobre, lítio, estanho e outros depósitos de minerais ferrosos e minerais metálicos associados, uma área de mais de 500 Km2, nos concelhos de Alijó, Carrazeda de Ansiães, S. João da Pesqueira, Sabrosa, Torre de Moncorvo, Vila Flor e Vila Nova de Foz Côa.

Esta área localiza-se em pleno Alto Douro Vinhateiro (ADV), um território inscrito na Lista dos Bens Património Mundial da UNESCO desde 14 de dezembro de 2001, na categoria de paisagem cultural, evolutiva e viva, e classificado pelo Estado Português como Monumento Nacional.

Esta autorização de prospeção e pesquisa de depósitos minerais suscitou dúvidas por parte do Conselho Internacional dos Monumentos e Sítios, órgão da UNESCO, que alerta para a eventual modificação paisagística da Região Duriense, acrescentando que os trabalhos de pesquisa poderão prejudicar a produção da viticultura.

Estas preocupações da UNESCO levaram a que os deputados do PSD dos Distritos de Vila Real, Bragança, Guarda e Viseu questionassem o Governo sobre as regras da atribuição de direitos de prospeção.

Luís Ramos, deputado vila-realense, refere que neste processo tem de haver transparência.

O deputado diz que é “estranho “todo este processo de cedência de direitos de prospeção que parece estar a ser feita com “toda a pressa”, por isso os deputados do PSD exigem ao Governo respostas e que o processo seja claro

Os deputados de 4 distritos que integram a classificação da UNESCO de Património Mundial da Humanidade mostram a sua preocupação relativamente à forma como foram concedidos os direitos de prospeção de minerais na região.


Entretanto a Comissão de Desenvolvimento Regional da Região Norte já disse que tem a garantia do Ministério do Ambiente de que a prospeção deixa de fora a zona classificada.

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