Professora admite no tribunal de Vila Real “ameaças e tentativa de extorsão”

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Começou hoje o julgamento de uma professora de 42 anos acusada de seis tentativas de extorsão. A arguida admitiu hoje parcialmente os crimes, dizendo que agiu por “impulso, raiva e vingança.”

A professora, segundo a acusação, mandava mensagens de telemóvel com ameaças diversas às vítimas. A uma mulher a arguida exigiu cinco mil euros para que esta evitasse “consequências para si e para o seu filho menor de idade.” 

Já a um docente da UTAD, a arguida exigia dinheiro ou então denunciava-o por uma “tentativa de aproximação a uma aluna da universidade com propósitos sexuais.” 

A professora apenas admitiu ter mandado mensagens a três pessoas, à mulher a dois homens, mas negou ter enviado mensagens a mais três alegadas vítimas, dizendo que estas estão a vingar-se dela. 

Segundo o MP, a mulher conhecia as vítimas e as suas rotinas e usava essa informação nas mensagens que lhes enviava, de forma a intimidá-las. 

EM julgamento, a mulher justificou as suas atitudes dizendo que estava sob grande pressão e não soube distinguir o certo do errado. Diz que desde que foi detida que pediu ajuda médica e tem vindo a ter acompanhamento desde essa altura, mostrando-se arrependida. 

A arguida dava posteriormente um número de conta para pagamento dos valores por ela exigidos, que estava no seu nome e no do seu ex-marido. 

A acusação considera que a sua conduta “teve como único propósito conseguir que os ofendidos se convencessem da seriedade das ameaças que lhes fazia repetidamente” e que só não conseguiu concretizar devido à intervenção policial. 

Sónia Domingues

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