Oliveira classificada pela UTAD é candidata a “Árvore Europeia de 2022”

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A Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) classificou-a, em 2015, com a idade de 3.350 anos. Conhecida como a “Oliveira do Mouchão”, situada no concelho de Abrantes, e hoje considerada a árvore mais antiga de Portugal com datação certificada, é uma das candidatas à eleição da “Árvore Europeia de 2022”.

            Mais velha do que a idade de Cristo, contemporânea de Fenícios, Celtiberos e Romanos, continua a produzir azeitona como na flor da juventude, apesar do tronco carcomido pelas inclemências do tempo. Sobreviveu aos povos invasores, bárbaros e povos refugiados, que ao longo dos séculos e milénios pisaram este chão, a tudo resistindo graças às raízes fundas que criou.

            A datação desta e de outras oliveiras de grande longevidade insere-se num método científico criado por um grupo de investigadores da UTAD, liderado por José Luís Louzada, em parceria com o grupo “Oliveiras Milenares”, o qual permitiu já datar dezenas de oliveiras em vários países.

            “Em teoria – segundo José Luís Louzada –, as oliveiras podem viver uma eternidade, ultrapassando a idade das inúmeras gerações que passem pelo mesmo território. Não é em vão que, em muitos territórios nacionais, quem é dono das terras não é dono das oliveiras. Estas estão doadas, desde há séculos, a instituições que garantam a longevidade do seu uso, como sejam algumas irmandades religiosas ou as próprias Santas Casas da Misericórdia. E o azeite produzido é, muitas vezes, para sustento das igrejas e capelas, ou para alumiar nas lamparinas.”

            Refira-se que a eleição da árvore do ano, cuja votação decorre até 19 de janeiro (no site: portugal.treeoftheyear.eu), irá permitir escolher a árvore que representará Portugal no concurso europeu TREE OF THE YEAR 2022.

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