No concelho de Sabrosa, à semelhança de toda a região, as vindimas chegaram mais cedo do que aquilo que era esperado devido à seca extrema, que adiantou o “lavar dos cestos” e baixou as produções.
A adega dos Lavradores da Feitoria começou esta semana a colher os brancos, o que corresponde a uma antecipação de cerca de 10 dias na colheita.
No entanto, o tempo seco acarreta também problemas com a produção que se prevê fraca principalmente no Douro superior, como explica a engenheira Margarida Martins, responsável da adega.
Sem chuva os bagos não crescem e o sumo não se produz.
Após um controlo de maturação realizado pela adega dos Lavradores da Feitoria conclui-se que este ano, para encherem uma pipa de vinho, irão precisar de mil quilos de uvas, quando até então bastavam cerca de 750.
Quanto à qualidade, levantando os olhos sobre as videiras que vislumbra diariamente nos socalcos do Douro, Margarida Martins não tem dúvidas de que o vinho, apesar de pouco, vai satisfazer os paladares e melhorar os brindes.
Este ano, a colheita já arrancou em vários locais e há quem diga estar a fazer a vindima mais precoce de sempre, muito graças ao tempo extremamente quente e seco que marcou o ano e encolheu o tamanho dos bagos.