O vila-realense Norberto Mourão reconhece que vai disputar os Mundiais de canoagem adaptada com “muita pressão e responsabilidade” pelos seus resultados, mas assume ser “destemido” e acreditar que pode reforçar os seus pódios em importantes provas internacionais.
“A pressão e responsabilidade é muita. Além dessa medalha [de bronze em Tóquio2020], fui campeão da Europa esta época. É uma coisa de cada vez. Entrar na final e depois acreditar, dar tudo até ao fim”, disse, à Lusa, o atual vice-campeão do Mundo na classe VL2 200 metros, que no Japão conquistou uma das duas medalhas de Portugal nos Jogos Paralímpicos.
Desde o bronze alcançado em Tóquio, em 04 de setembro, o canoísta português ainda não treinou, tendo voltado à água no seu caiaque somente hoje, no lago nos subúrbios de Copenhaga onde vão decorrer os Mundiais, de quinta-feira a domingo.
“Gostei da água. Senti-me bem, embora tenha condições muito complicadas, com muito vento e ondulação. Está bom para quem tem experiência e eu tenho-a de quando me preparava no Montijo e treinava com ondas e dificuldades. Penso que aqui vai ser bom”, confia.
Norberto Mourão representava o Sporting, que deixou de apoiar a canoagem no início do ano, pelo que se apresentou nos Jogos Paralímpicos como atleta individual, esperando agora que os seus resultados o ajudem a encontrar um clube e mais apoios.
“Esta época competi a nível individual, vamos ver o futuro. O que importa é o que tenho feito [em competição] cá fora, as coisas têm corrido muito bem. Vamos ver o que acontece em Portugal…”, comentou.
No fim do Mundial, vai tirar umas férias e “começar a olhar logo para Paris2024”, assumindo, quase a completar 41 anos, que “enquanto houver forças é para continuar, seja em Paris, Los Angeles2028 ou o que vier a seguir”.
Lusa