Manuela Tender diz que não pode valer tudo em política

Região

A professora Manuela Tender, que será a cabeça de lista do Chega pelo círculo eleitoral de Vila Real, disse hoje que “não pode valer tudo em política” e classificou “de vil” o comunicado lançado pela estrutura distrital e núcleos concelhios do Chega que “discordam em absoluto” da indicação de Manuela Tender para o primeiro lugar da lista.

Manuela Tender, que é militante do Chega e foi candidata nas eleições de 2022 pelo partido, em Vila Real, diz que aceitou, de novo, o convite de André Ventura “com muito gosto” e que fará tudo para que o Chega tenha um excelente resultado no distrito.

Quanto às notícias sobre as suas presenças fantasma na Assembleia da República, em 2018, – quando era deputada pelo PSD – acusação apresentada no comunicado pelos militantes do Chega, Manuela Tender, diz que se trata de “uma não questão”.

“A notícia resultou de uma denúncia anónima e pude comprovar que, nos dias referidos, estive efetivamente na reunião da Câmara de Chaves com início às 9:00 da manhã e no plenário da Assembleia da República com início às 15:00, mas que se prolonga durante a tarde, tendo chegado um pouco atrasada a esta reunião em Lisboa, mas esse atraso era justificado pelo trabalho político no meu círculo, como é natural”, justificou.

Acrescentou que “terminando as reuniões de câmara pelas 11:00 ou 11:30, dava perfeitamente para chegar ainda a tempo do plenário que termina ao fim da tarde, quer de carro quer de avião Vila Real – Lisboa ou Porto -Lisboa”.

“Da comissão política distrital do Chega de Vila Real espera-se que cumpra e faça cumprir os estatutos e os regulamentos eleitorais, que dinamize o trabalho político na região, que colabore com o presidente e as estruturas nacionais do Chega e que respeite a prerrogativa da escolha dos cabeças-de-lista por parte do presidente do partido, como acontece em todos”, afirmou.

E continuou: – “São bem-vindos todos aqueles que quiserem trabalhar e contribuir para a mudança. Mas com lisura no trato e correção. Estes métodos não têm cabimento num partido responsável que aspira a governar Portugal”.

O PS elegeu em 2022, três deputados no distrito de Vila Real e o PSD, dois deputados. O Chega foi a terceira força mais votada no distrito.

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