Depois de um Campeonato pleno de resultados muito relevantes (dois primeiros lugares, designadamente em Ponte de Sor – Ribeira da Raia – e em Coruche – rio Sorraia –, um terceiro lugar em Coruche, um quarto lugar em Riba D’Ave – rio Ave –, e dois 5ªs lugares, em Ponte de Sor e Riba D’Ave), António Fernandes Martinho (atleta federado pela Associação Social Recreativa Cultural e Bem Fazer Vai Avante) acabou ontem dia 10.07.2022 em Riba D’Ave (na Pista de Pesca Desportiva de Riba D’Ave) o seu primeiro Campeonato Nacional da I Divisão de Pesca Desportiva (disciplina: boia) no 5º lugar da classificação geral individual.
Os resultados obtidos nas provas iniciais por este ex-aluno da UTAD (Mestre em Marketing de Comunicação) permitiram no final da 4ª mão em Coruche desde logo alcançar o sempre difícil objetivo da manutenção neste escalão principal da pesca nacional.
Provindo em 2021 do escalão de Esperanças para a II Divisão Nacional (fruto de ter sido várias vezes Campeão Nacional naquele escalão), António Martinho alcançou esse objetivo fundamental logo na sua na primeira participação no escalão maior da pesca desportiva em água doce.
Fruto das expectativas geradas pelos resultados obtidos, este 5º lugar teve no entanto um sabor doce-amargo já que por escassas gramas (11 gramas) se viu impedido de alcançar o Vice-Campeonato Nacional da presente modalidade.
“Contudo, enfatizamos a excelente prestação obtida por este Vila-realense nesta rigorosa e exigente disciplina desportiva (onde o grau de exigência é, ao invés do que se pensa, muito elevado, já que os resultados obtidos muito dependem de inúmeros fatores, dos quais se destacam: (i) os associados à preparação física e psíquica (já que muito estratégica/tática) de cada um dos pescadores; e, (ii) os relacionados com a natureza dos mais diversos ecossistemas aquáticos e, consequentemente, muito ligados ao comportamento das múltiplas espécies piscícolas − etologia das comunidades aquícolas − que se distribuem pelos mais variados habitats aquáticos e ribeirinhos de água doce usados como cenários de pesca desportiva nacionais”, disse a organização.
Mais sublinha que este desporto amplamente praticado à escala global culmina com a pesagem das espécies piscícolas pescadas ao longo de 4 horas e devolução ao meio ambiente nas melhores condições de sobrevivência de todas as espécies autóctones. Para o efeito todas as capturas são conservadas vivas junto ao pescador no curso de água em mangas de malha não abrasiva.