O PCP aprovou hoje a nome do eurodeputado João Ferreira como candidato às presidenciais de 2021, uma “batalha exigente” em que os comunistas recusam uma desistência para outro candidato à esquerda, afirmou o líder comunista.
“A nossa candidatura é para ir até ao fim, com base no seu projeto, nas suas linhas de intervenção”, afirmou Jerónimo de Sousa, em conferência de imprensa, no final da reunião do comité central que aprovou, por unanimidade, a estratégia e o candidato presidencial às eleições do próximo ano.
O secretário-geral do PCP não fixou fasquias para o resultado de João Ferreira, sem comparar com o resultado de há cinco anos de Edgar Silva (3,95%) nem com os 8,95% conseguidos pelo próprio Jerónimo, em 2006.
“Não fizemos essas contas”, disse, afirmando que os comunistas estão “conscientes das dificuldades, da batalha exigente que tem que ser travada por João Ferreira”, acrescentando, porém, que o eurodeputado “vai contar com algo importante”: “Todo o nosso coletivo partidário.”
A candidatura do PCP não é “para desistir, mas sim para se afirmar, para crescer, para ir para o terreno”, insistiu Jerónimo, que sublinhou a “opção de autonomia e independência” relativamente a outros candidatos à esquerda.
João Ferreira, biólogo, 41 anos, é eurodeputado do PCP e vereador da CDU na Câmara de Lisboa.
A seis meses do fim do mandato do atual Presidente da República, são já oito os pré-candidatos ao lugar de Marcelo Rebelo de Sousa.
São eles o deputado André Ventura (Chega), o advogado e fundador da Iniciativa Liberal Tiago Mayan Gonçalves, o líder do Partido Democrático Republicano (PDR), Bruno Fialho, a eurodeputada e dirigente do BE Marisa Matias, a ex-deputada ao Parlamento Europeu e dirigente do PS Ana Gomes, Vitorino Silva (mais conhecido por Tino de Rans), o ex-militante do CDS Orlando Cruz e a partir de hoje João Ferreira, do PCP.
Lusa