É uma empresa não especializada de iluminações de natal que está a realizar a poda camarária nas árvores da cidade de Vila Real. A acusação parte de Pedro Ginja, cidadão vila-realense, engenheiro agrícola que esta manhã chamou a polícia para identificar os trabalhadores que estavam a podar as árvores no largo de São Pedro.
Quando a PSP identificou os trabalhadores, verificou-se também, segundo Ginja, que não havia qualquer “acompanhamento técnico especializado no terreno”, mas apenas “encarregados e pessoas sem qualquer formação ou competência nessas áreas”.
O engenheiro agrícola, que foi um dos peritos que analisou a queda da árvore na ilha da Madeira que provocou várias mortes, não esconde o espanto pelo facto da poda camarária ter regressado à cidade de Vila Real trinta anos depois e às mãos de um executivo que conta com dois engenheiros florestais. O investigador e arborista afirma que são estas podas que “danificam e põe em causa a segurança dos cidadãos”.
Pedro Ginja recordou que há trinta anos atrás, ainda o executivo camarário era liderado por Armando Moreira, após protesto de vários especialistas, as podas camarárias foram suspensas, lamentando que seja com um executivo liderado por um engenheiro florestal que se retome esta prática danosa para o arvoredo que provoca riscos de segurança. Lamenta ainda que o trabalho de poda que vinha a ser feito por empresas especializadas ao longo dos anos, esteja a ser destruído por trabalhadores que “não percebem nada de árvores”.
Sónia Domingues