Chama-se “Águas do Interior Norte” a empresa que está a ser criada para agregar os sistemas de água em baixa dos municípios de Vila Real, Santa Marta de Penaguião, Mesão Frio, Sabrosa, Murça, Torre de Moncorvo e Freixo de Espada a Cinta. Inicialmente o concelho de Alijó também iria integrar a empresa, mas entretanto acabou por não o fazer. Carlos Silva, vereador responsável na autarquia de Vila Real explica os princípios que estão por trás da criação desta empresa inter-municipal, que passam por uma gestão mais eficiente dos recursos.
No entanto, o processo de criação está a levantar algumas dúvidas ao Tribunal de Contas que já pediu esclarecimentos adicionais.
A criação da empresa inter-municipal que pretende agregar os sistemas de água em baixa, tem vindo a receber os votos contra do CDSPP nas três assembleias municipais de Vila Real em que o processo foi votado. Joana Rapazote, membro da concelhia do Partido Popular, concorda com os princípios que estão por trás da criação da empresa, mas diz que os estudos apresentados para confirmar a viabilidade da mesma são irrealistas, estão desatualizados e apresentam uma estimativa da subida da tarifa de água, e diminuição do consumo, afirmando ainda que a ERSAR, que regulamenta o setor, também tem várias dúvidas.
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Joana Rapazote acusa o executivo socialista de não ter informado devidamente a população sobre a criação desta empresa, questionando ainda os estudos que foram feitos, que “deixam muito a desejar”.
O município de Vila Real lidera a criação da empresa inter-municipal de águas do Interior norte, que pretende gerir a água em baixa, em oito municípios mas o processo levantou dúvidas ao Tribunal de Contas e ainda à Ersar que emitiu um parecer onde expõe várias dúvidas. Na assembleia municipal de Vila Real o processo já foi votado três vezes, na última votação na semana passada tanto o CDSPP como o PSD votaram contra.
Sónia Domingues