O Conselho do Departamento de Ciências Florestais e Arquitetura Paisagista da UTAD – CIFAP endereçou uma carta aberta à Câmara Municipal de Vila Real onde fica patente a preocupação dos docentes da UTAD em relação às podas e cortes de árvores efetuadas durante as obras no Jardim da Estação.
O CIFAP refere que “vê com preocupação o corte de raízes, a impermeabilização e a compactação do solo, que ocorreram no Jardim da Estação”, considerando que estas práticas “implicam graves danos sobre o sistema radicular das árvores daquele espaço.”
Os investigadores da UTAD criticam o facto da autarquia ter efetuado as chamadas “podas camarárias “, garantindo que vão causar diversos problemas.
Domingos Lopes, mostra a sua preocupação referindo que “não há aspetos positivos na poda camarária “, lembrando que o departamento Florestal da UTAD sempre se mostrou disponível para acompanhar a gestão das árvores em espaço urbano.
Domingos Lopes sublinha que apesar de ser prática comum nos municípios portugueses a poda camarária é “completamente anti-natural” acrescentando que as “árvores do Jardim da Estação não estão seguras após esta poda”.
Para os docentes da UTAD é possível uma boa gestão florestal nos espaços urbanos e por isso alertam também para os processos de impermeabilização dos solos.
Domingos Lopes alerta ainda para a situação das árvores no Parque Florestal, referindo que necessitam de uma intervenção correcta.
Nesta carta os investigadores da UTAD solicitam ao presidente da Câmara Municipal de Vila Real, Rui Santos, a “máxima atenção a este assunto das podas nas árvores da cidade e pedem que execute medidas efetivas para que as “podas tecnicamente incorretas não se verifiquem em todo o concelho de Vila Real.