CIDESD descobre “impressão digital” dos movimentos dos jogadores de futebol

UTAD, Vila Real

Uma equipa de investigadores do Centro de Investigação em Desporto, Saúde e Desenvolvimento Humano (CIDESD) desenvolveu um novo algoritmo para analisar o comportamento das equipas de futebol, permitindo identificar uma “impressão digital” do movimento dos jogadores dentro das quatro linhas.

«Este novo método pode ser utilizado em processos de otimização de plantéis, no controlo do processo de treino e, se aplicado em tempo real, poderá ajudar os treinadores na tomada de decisão em relação aos jogadores com redução acentuada de rendimento e na identificação de situações de maior fragilidade dos adversários», sublinha o investigador Rui Marcelino.

Aplicado a mais de 26 milhões de coordenadas posicionais de jogos da liga alemã de futebol – Bundesliga, o novo algoritmo revelou que há uma tendência para os jogadores correlacionarem mais as suas trajetórias com as dos adversários do que com as dos colegas de equipa e que existe maior similaridade de movimentos entre jogadores em situação de defesa do que de ataque.

«Percebeu-se, ainda, que os jogadores com maior valor de mercado têm um menor número de correlações com os colegas de equipa em situação de ataque, enquanto que os jogadores com menor valor de mercado se movem com trajetórias mais semelhantes, logo mais previsíveis», acrescenta o investigador do CIDESD.

Recentemente publicado na revista internacional “Chaos, Solitons and Fractals”, o estudo “Collective movement analysis reveals coordination tactics of team players in football matches” dos investigadores do CIDESD Rui Marcelino (também docente no Instituto Universitário da Maia) e Jaime Sampaio (também docente na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro) contou com a colaboração de físicos e especialistas em análise de comportamento animal dos Estados Unidos da América, de Israel e da Hungria.

CIDESD – Centro de Investigação em Desporto, Saúde e Desenvolvimento Humano

Com mais de 120 investigadores, o CIDESD resulta de um consórcio entre o Instituto Politécnico de Bragança, a Escola Superior de Desporto de Rio Maior – Instituto Politécnico de Santarém, a Universidade da Beira Interior, o Instituto Universitário da Maia (ISMAI), a Universidade da Madeira, a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, o Instituto Politécnico de Viseu, o Instituto Politécnico de Viana do Castelo e o Instituto Politécnico da Guarda.
Fundado em 2007 e avaliado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) como “Muito Bom” (2020-2025), o CIDESD procura difundir o conhecimento científico através de publicações, eventos e intercâmbio com instituições nacionais e internacionais. Por isso, mantém vários acordos de cooperação com centros de investigação e redes científicas dispersos pelos cinco continentes. 
O CIDESD é apoiado pela Fundação para Ciência e a Tecnologia, I. P. por fundos nacionais do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.

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