Já foi assinado o contrato para a atribuição de exploração de depósitos minerais de lítio e minerais associados no concelho de Montalegre pela Direcção-Geral de Energia e Geologia (DGEG), em representação do Estado português, e a Lusorecursos.
Para o autarca de Montalegre, Orlando Alves, este é o “ponto final de um longo processo de licenciamento” e espera que a exploração tenha em conta a sustentabilidade ambiental criando desenvolvimento para o concelho.
Segundo a empresa que detém agora a concessão a par da exploração vão ser criados cerca de dez quilómetros de passadiços que vão atravessar a área da mina e pretende mostrar como se extrai e transforma o lítio.
Um projeto que prevê criar cerca de 100 postos de trabalho, e que Orlando Alves acredita vai obedecer a todas as exigências ambientais.
O processo de mineração de superfície a céu aberto não explosivo vai envolver um investimento de 20 milhões de euros.
A unidade industrial vai estar separada em duas fases. A primeira, designada por concentrador, é onde será feita a separação dos vários minerais que vão sair da exploração. Vai envolver um investimento de 80 milhões de euros e criar 100 postos de trabalho. Na segunda fase será abordada a parte da refinação, onde será processado o hidróxido de lítio, num investimento de 350 milhões de euros criando 150 postos de trabalho.
O lítio é usado em baterias recarregáveis especializadas, ligas para peças de aeronaves e em aparelhos como torradeiras e fornos de microondas, entre outras utilizações.