O presidente da Câmara de Boticas diz “estranhar” o facto de a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) ter dado parecer positivo à consulta pública do Estudo de Impacto Ambiental das minas de lítio no Barroso. Fernando Queiroga considera que “não é muito sensato, mediante a delicadeza do assunto, dar um parecer ao de leve sobre a matéria”.
A partir de amanhã o Estudo de Impacto Ambiental sobre a exploração das minas de lítio no Barroso vai ficar em discussão pública e o autarca diz que será agora a oportunidade de questionar a empresa sobre as reais motivações deste investimento. O autarca diz ainda que a concretizar-se o projeto do lítio no Barroso será uma “desgraça” para o município, considerado há três anos pela FAO como património Agrícola Mundial.
Fernando Queiroga diz que o Estudo de Impacto Ambiental pode não ser credível, uma vez que ninguém efetuou estudos in loco. O autarca refere que tudo fará para defender o interesse da sua população.
O presidente da Câmara de Boticas diz, ainda, que não ficaram provadas as mais valias para a região deste projeto de minas a céu aberto no Barroso.
O Estudo de Impacto Ambiental da exploração das minas de lítio em Covas do Barroso, concelho de Boticas, entra em consulta pública amanhã.